De
Pernambuco para Salvador. Acreditando ser esta a melhor opção de vida,
“Jane Araújo”, 33 anos chegou à capital baiana há dois anos para estudar
e trabalhar. Ela só não sabia que um fato mudaria por completo a sua
vida: um estupro. Em contato com o Bocão News, a gestora de pessoas contou detalhes do drama cometido por Jair Rodrigues dos Santos.
Acusado está foragido
“No sábado de carnaval (9 de fevereiro) acordei, por volta das 7h da manhã, com ele em cima de mim, com uma faca e uma corda nas mãos. Ele entrou no meu apartamento sem arrombar a porta, ou seja, há meses ele vinha me observando, colhendo informações. Naquele momento ele me disse para não gritar, pois não tinha ninguém no prédio que pudesse me ouvir, e começou a me estrangular com o antebraço dele, sabendo que assim não deixaria marcas”.
Jair Santos trabalhava no prédio, situado no bairro do Imbuí, há mais de dois anos. Fazia manutenção e reparos. Jane ainda conta que o trabalhador não agia como amador, pois sabia bem de “técnicas” que enganariam a polícia. “Depois que ele me estuprou, me levou até o banheiro para que eu tomasse um banho demorado a fim de que me ‘limpasse´das provas e ficou me observando. Me fez prometer que não denunciaria à polícia e me ameaçou se caso isso ocorresse. Depois disso, foi até a cozinha e pegou um pano de prato. Abriu a porta e foi embora”.
Trecho da certidão emitida pela 9ª Delegacia
No
mesmo dia, a gestora foi à 9ª Delegacia, prestou queixa, e fez o exame
pericial. A partir daí conta que sua vida mudou completamente. “Tive um
lapso nervoso, atestado pelo psiquiatra. Parte do meu cérebro parou de
funcionar devido ao choque. Fiquei assim por dois meses. Meus pais não
queriam que eu retornasse para cá, mas voltei para fazer justiça. Ele
destruiu a minha vida, e só agora estou voltando a ter uma vida mais ou
menos normal”.
O
laudo médico explica: “... vítima de violência sexual que se encontrava
em profundo colapso emocional inviabilizando qualquer atividade
profissional ou social. O stress traumático oriundo na violência exigirá
atenção intensiva terapêutica visando o equilíbrio
psico-fisiológico...”
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