Os
policiais militares do Estado da Bahia marcaram nova assembleia para às
15 horas do dia 11 de junho, data limite dada pela categoria para a
implementação pelo Governo do Estado de três pontos votados na
assembleia desta quinta-feira que contou com pelo menos quatro mil PMs.
São eles a revogação imediata dos artigos quinto e segundo do decreto
Estadual, publicado semana passada, que criou a Comissão de
Modernização da PM. “Como foi criado não prevê a participação das
entidades classistas. Nós queremos participar do embate e discussão para
um novo modelo de polícia”, reclama o vereador soldado Prisco.
A categoria ainda quer o fim imediato da escala por ciclo de período
imposta a categoria pelo Governo. “Só prejudica os militares. É preciso
por fim imediatamente a escala de ciclo enquanto se repensa um novo
modelo de trabalho para os militares. Eles trabalham 20, 40 e até 60
horas a mais do que é previsto por lei. Um absurdo!”, denuncia o
vereador soldado Prisco.
O terceiro ponto é em relação ao reajuste ao funcionalismo público.
Os policiais querem impedir que o Governo do Estado tente retirar da
Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) IV o percentual a ser
acrescido no soldo para equiparar ao salário mínimo.
A GAP IV é prevista na Lei 7.145/97, que foi publicada e não cumprida
por mais de 15 anos. O benefício agora compõe a remuneração dos
policiais. “Eles não podem dar o aumento tirando a GAP IV do cálculo. É
direito adquirido”, reclama Prisco.
OUTRAS PAUTAS PARA 11 DE JUNHO
Outras duas novas reivindicações foram inseridas na pauta a ser
debatido no dia 11 de junho. São eles a revisão do benefício Condições
Especiais de Trabalho (CET) dos PMs a ser aplicado de forma justa e
igualitária e o encaminhamento para a reserva dos policiais militares
com mais de 30 anos ininterruptos de serviço.
“A luta deve avançar. Precisamos regulamentar o auxílio acidente e
garantir o pagamento de periculosidade e insalubridade. A quantidade de
policiais mortos e com sequelas nos últimos oito anos só têm aumentado”,
afirma.
OUTRAS DEMANDAS
Para 2013, a categoria ainda quer que a Comissão decida pelo
cumprimento das promessas feitas pelo governo do Estado durante a greve
da categoria, que acabou no dia 11 de fevereiro do ano passado, e ainda
não foram cumpridas.
Entre as reivindicações, está a anistia dos cerca de 100 militares
que ainda respondem pela participação no movimento grevista do ano
passado, mesmo após o governador Jacques Wagner se comprometer,
inclusive através da grande mídia, a não impor sanções à categoria.
Os militares ainda lutam pela criação do Código de Ética da categoria
em substituição ao atual estatuto, outro compromisso do governo ainda
não cumprido. “O estatuto atual é 50% inconstitucional. A exemplo, da
demissão de militares reformados, proibida expressamente pela Súmula do
STF. É um absurdo que ainda esteja em vigor”, afirma.
A categoria também quer que, em 2013, a Comissão crie um plano de
carreiras para a classe, outra promessa ainda não cumprida pelo governo
do estado, além de auxílio transporte (smart card) e fim da escala em
ciclos/períodos para os militares.
EFETIVO ILEGAL
E as reivindicações não param por aí. Ainda cobra o aumento do
efetivo para o ideal previsto em lei. “O próprio comandante geral
afirmou que a academia não tem condições de formar mais que quatro mil
militares por ano, o que não atende a demanda exigida por lei. Eles só
conseguem repor os policiais que vão para a reserva”, reclama o soldado
Prisco.
O vereador solicita que seja encaminhada ao governador a necessidade
do aumento de efetivo. Segundo a Lei 11356/09, que regulamenta soldo e
efetivo da tropa, até 2013, pelo menos 45 mil homens deveriam compor o
quadro da corporação. Ainda hoje, o efetivo é 34% inferior ao previsto
em lei.
“Como a quantidade de homens é pequena, eles impõem escalas
exorbitantes e ilegais. É preciso melhorar a estrutura das academias
para formar mais militares. Isso sem falar na necessidade de otimização
do curso para a formação da categoria”, reivindica.
Assembleia
acabou há cerca de uma hora e trinta minutos. A tropa em Salvador está
indignada com essa escala ilegal e imoral em ciclo. Estamos aguardando
ainda como o governo fará a nossa equiparação salarial ao salário
mínimo. O pior de tudo é que o governo descumpriu um acordo que foi
firmado com as associações, pois na
publicação da comissão de modernização da PM publicado no dia três, as
associações foram excluídas desse processo. Nova Assembléia foi marcada
para o dia 11, esperamos que o governo reveja essa publicação. AOS
PRAÇAS DE ILHÉUS E ITABUNA, PRISCO ESTARÁ AI AMANHÃ ESCLARECENDO A TROPA
DE TUDO QUE ESTA SE PASSANDO. COMPARTILHE EM MASSA PARA QUE TODOS
ESTEJAM NA Câmara Municipal em Ilheus a noite e no Centro Cultural de
Itabuna. COMPARTILHA.
* Com informações da assessoria de comunicação.
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