Vida de policial militar não é definitivamente um mar de rosa.
Além de labutar
diariamente com a violência, coisa que, há de se convir, não é algo muito
agradável, é obrigado a conviver com o precário aparelhamento da instituição,
baixos salários, pouco reconhecimento da sociedade, descaso dos políticos,
dentre outros tantos fatores.
Mas isso em
hipótese alguma os gabarita a agir utilizando a intimidação e a truculência como
ferramentas “complementares” das suas funções sociais.
E é justamente isso
que vem se sucedendo na paradisíaca cidade de Itacaré, segundo relatos, com uma
absurda e inaceitável constância.
Em contato com a
nossa redação, moradores de lá relataram uma série de casos envolvendo abusos de
autoridade, protagonizada por um policial militar lotado na companhia da PM do
citado município.
Um desses casos se
sucedeu na noite da segunda-feira (08), no espaço conhecido por Maluca Beleza,
onde um evento beneficente era realizado.
Por volta das
00:30h, quatro policiais militares adentraram no espaço, informando que o evento
tinha que acabar, pois a autorização era para que ele durasse somente até a
meia-noite. Após dado o aviso os policiais se retiraram.
Alguns minutos
depois eles voltaram ao local e constataram que o som já havia sido desligado.
Porém, o músico que se apresentava na noite, explicava para o público o porquê
do som ter sido interrompido.
Tal músico, vale
ressaltar, é um cantor de reggae talentosíssimo, muito respeitado e querido em
Ilhéus, sua cidade natal, mas que hoje em dia reside em Itacaré, onde leva
alegria e entretenimento à vários espaços da cidade, com sua música de muita
qualidade.
Pois bem,
inexplicavelmente um dos policiais presentes achou que o músico, ao dar as
explicações ao público, estava desmerecendo as autoridades policiais. Coisa que,
segundo relatos de algumas pessoas que estavam lá, não se sucedeu em nenhum
momento. Retirado violentamente do palco, o músico foi humilhado em frente a
várias pessoas e recebeu voz de prisão. Após muita conversa e demonstrações
descabidas de intimidação por parte dos PMS, a prisão acabou não se
sucedendo.
O que havia de
alegria e descontração positiva na festa, vale lembrar, de caráter beneficente,
acabou, e todos saíram amedrontados e tristes. Sentimento comum para as vítimas
da violência. Nesse caso, infelizmente, propiciada por aqueles que são pagos
para nos oferecer segurança.
Como afirmamos,
esse foi apenas um caso envolvendo o citado policial militar. Ele tem um vasto
histórico de intimidações e abuso de autoridade. Coisa que está revoltando e
indignando profundamente os moradores de Itacaré, que já pensam em organizar uma
manifestação, a fim de que as autoridades competentes tomem as devidas
providências.
“Eu sou a ditadura,
a ditadura aqui sou eu”, é o que costuma bradar o policial.
Até quando? É o que
todos se questionam.
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