Dilma editou medida provisória que escalona reajuste da tabela do IR.
Oposição criticou manter veto, mas foi vencida na votação em plenário.
O Congresso Nacional manteve nesta quarta-feira (11) veto da presidente Dilma Rousseff
ao projeto que reajustou em 6,5% a tabela do imposto de renda. A
decisão é resultado de um acordo da base aliada, sobretudo do PMDB, com o
governo federal que resultou na edição de uma nova medida provisória
que escalona a correção da tabela do IR.
O veto foi mantido após receber 239 votos de deputados contra o item e outros 208 favoráveis à decisão da Presidência da República. Apesar de a maior parte dos votos terem sido pela derrubada do veto, erm necessários aos menos 257 votos contrários na Câmara para que, então, senadores analisassem o item. A derrubada só poderia ocorrer se a maioria absoluta dos membros das duas Casas fosse contra o veto.
O veto foi mantido após receber 239 votos de deputados contra o item e outros 208 favoráveis à decisão da Presidência da República. Apesar de a maior parte dos votos terem sido pela derrubada do veto, erm necessários aos menos 257 votos contrários na Câmara para que, então, senadores analisassem o item. A derrubada só poderia ocorrer se a maioria absoluta dos membros das duas Casas fosse contra o veto.
A MP assinada por
Dilma, fruto de acordo entre Executivo e parte do Legislativo, foi
publicada nesta quarta no “Diário Oficial da União” com correções
diferentes para cada faixa de renda. A proposta isenta os contribuintes
que ganham até R$ 1.903,98 - o equivalente a 11,49 milhões de pessoas.
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Pelo texto, o reajuste de 6,5% na tabela valerá apenas para as duas
primeiras faixas de renda (limite de isenção e a segunda faixa). Na
terceira faixa de renda, o reajuste proposto será de 5,5%. Na quarta e
na quinta faixas de renda – para quem recebe salários maiores – a tabela
do IR será reajustada, respectivamente, em 5% e 4,5%, pelo novo modelo.
Se a tabela fosse corrigida em 4,5% para todos os contribuintes, que
era a proposta inicial do governo, quem ganhasse até R$ 1.868,22 neste
ano não teria de prestar contas. Com o valor de R$ 1.903,98, a faixa de isentos é maior.
A MP entra em vigor em abril e vale para o ano-calendário de 2015, ou
seja, irá afetar o Imposto de Renda declarado pelos contribuintes em
2016.
O acordo para a manutenção do veto presidencial
e edição da medida provisória foi firmado na noite desta terça (10),
após reunião do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com os presidentes da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Renan Calheiros (PMDB-AL).
“A nova MP vem de encontro ao anseio da sociedade. Foi uma construção
do PMDB com a equipe econômica do governo”, disse o líder do PMDB na
Câmara, Leonardo Picciani (RJ). Durante a sessão, a oposição se
manifestou pela derrubada do veto ao reajuste, mas foi derrotada em
plenário.
Na tribuna, o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), criticou o
acordo do governo com a base aliada para que a exclusão do dispositivo
fosse mantida. Para o parlamentar, esse entendimento entre Executivo e
Legislativo retira poder do Congresso Nacional.
“Ontem Dilma se encarregou de anunciar ao Brasil que teria feito um
acordo onde se editava uma medida provisória para substituir o veto que
apreciaríamos relativo à correção da tabela do IR. Como é que a
presidente da República edita uma medida provisória para surrupiar poder
do parlamento nacional. Fica aqui a minha repulsa a essa atitude
antidemocrática”, afirmou.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/03/apos-acordo-congresso-mantem-veto-reajuste-de-65-da-tabela-do-ir.html
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