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quarta-feira, 25 de março de 2015

Valença: Elemento morre em confronto com a Polícia Militar no bairro da Bolívia

  
















A Guarnição da Polícia Militar da 33ª CIPM realizava ronda na noite de terça-feira, 24/03, na localidade do Clemensul, no bairro da Bolívia, quando por volta das 23:40hs, um grupo com cerca de 10 meliantes ao avistar a guarnição passaram a efetuar vários disparos, atingindo a viatura. Houve revide da polícia e os meliantes fugiram espalhando-se pelo o bairro.
A guarnição após o confronto encontrou o individuo Odalício Paixão dos Santos, 32 anos, vulgo Aladdin, que foi atingido por disparos e estava de posse de uma arma de fogo marca Tauros, calibre 38, com numeração raspada e quatro cápsulas deflagradas e uma picotada. Aladdin foi socorrido pela guarnição até o Pronto Socorro de Valença, chegando sem sinais vitais.
A Policia Militar apreendeu um pacote de cocaína e sententa e duas petecas de maconha prensada.
Nas Malhas da Lei

domingo, 15 de março de 2015

JEQUIÉ: POLÍCIA MILITAR PRENDE QUADRILHA COM QUASE 30KG DE MACONHA

"Xupita" (camisa azul) é considerado de alta periculosidade

Mais uma grande apreensão de drogas na Cidade Sol. Policiais Militares da Companhia de Emprego Tático Operacional (CETO), após realizar rondas na localidade conhecida como Cachoerinha, avistaram alguns indivíduos em atividade suspeita numa residência. Ao realizar a abordagem, os policiais identificaram  Israel Souza Araújo (23), um dos principais traficantes daquela área, conhecido vulgarmente pela alcunha "Xupita".

Ao proceder uma busca no imóvel os policiais encontraram cerca de 30kg de maconha prensada, balanças de precisão e um revólver calibre .38 com 03 munições intactas, além de R$ 722,00 em dinheiro. Na ocasião também foram detidos LUCIANO PEREIRA (34), JAIRO DE AZEVEDO (36) e VALNA MARIA TELES (20). Todos os envolvidos bem como todo material apreendido foram apresentados na Complexo Policial de Jequié.

>>Ocorrência Policial Bahia<<

Prado: Homem é assassinado, corpo encontrado em baixo de tronco

Mais uma pessoa se tornou vítima da violência urbana. Desta vez um homem ainda sem identificação foi morto de forma violenta, durante a madrugada deste domingo (15), num bairro no município de Prado.
Policiais do 4º Pelotão de Prado recebeu informações um homem corpo havia sido encontrado nas imediações do bairro Portelinha. Diante das informações uma guarnição da polícia militar foi encaminhada, confirmado a veracidade da denúncia.
itamaraju - in - morte - 2015-03.15-1
Possivelmente a vítima foi morta com golpes de pedradas e posteriormente foi arremessado um tronco de árvore sobre o corpo.
Seguindo os protocolos, a polícia civil foi informada sobre a morte do homem, onde foi solicitado a presença de um funcionário do IML de Itamaraju. O servidor público Anderson Barbosa, identificou vários ferimentos proveniente dos golpes de pedradas.
O corpo foi encaminhado para o IML de Itamaraju, onde passará por exames de medicina legal, sendo posteriormente será liberado à família.
A polícia civil de Prado deverá abrir inquérito para apurar os motivos e autores do crime e assim também notificar a justiça. A principal linha de investigação baseia-se em crime de envolvimento com o narcotráfico.

http://itamarajunoticias.com.br/noticia/destaque/prado-homem-e-assassinado-corpo-encontrado-em-baixo-de-tronco

quarta-feira, 11 de março de 2015

Após acordo, Congresso mantém veto a reajuste de 6,5% da tabela do IR

Dilma editou medida provisória que escalona reajuste da tabela do IR.
Oposição criticou manter veto, mas foi vencida na votação em plenário.

Nathalia Passarinho e Fernanda Calgaro Do G1, em Brasília
O Congresso Nacional manteve nesta quarta-feira (11) veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto que reajustou em 6,5% a tabela do imposto de renda. A decisão é resultado de um acordo da base aliada, sobretudo do PMDB, com o governo federal que resultou na edição de uma nova medida provisória que escalona a correção da tabela do IR.

O veto foi mantido após receber 239 votos de deputados contra o item e outros 208 favoráveis à decisão da Presidência da República. Apesar de a maior parte dos votos terem sido pela derrubada do veto, erm necessários aos menos 257 votos contrários na Câmara para que, então, senadores analisassem o item. A derrubada só poderia ocorrer se a maioria absoluta dos membros das duas Casas fosse contra o veto.
A MP assinada por Dilma, fruto de acordo entre Executivo e parte do Legislativo, foi publicada nesta quarta no “Diário Oficial da União” com correções diferentes para cada faixa de renda. A proposta isenta os contribuintes que ganham até R$ 1.903,98 - o equivalente a 11,49 milhões de pessoas.
Pelo texto, o reajuste de 6,5% na tabela valerá apenas para as duas primeiras faixas de renda (limite de isenção e a segunda faixa). Na terceira faixa de renda, o reajuste proposto será de 5,5%. Na quarta e na quinta faixas de renda – para quem recebe salários maiores – a tabela do IR será reajustada, respectivamente, em 5% e 4,5%, pelo novo modelo.
Se a tabela fosse corrigida em 4,5% para todos os contribuintes, que era a proposta inicial do governo, quem ganhasse até R$ 1.868,22 neste ano não teria de prestar contas. Com o valor de R$ 1.903,98, a faixa de isentos é maior. A MP entra em vigor em abril e vale para o ano-calendário de 2015, ou seja, irá afetar o Imposto de Renda declarado pelos contribuintes em 2016.
O acordo para a manutenção do veto presidencial e edição da medida provisória foi firmado na noite desta terça (10), após reunião do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Renan Calheiros (PMDB-AL).
“A nova MP vem de encontro ao anseio da sociedade. Foi uma construção do PMDB com a equipe econômica do governo”, disse o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). Durante a sessão, a oposição se manifestou pela derrubada do veto ao reajuste, mas foi derrotada em plenário.
Na tribuna, o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), criticou o acordo do governo com a base aliada para que a exclusão do dispositivo fosse mantida. Para o parlamentar, esse entendimento entre Executivo e Legislativo retira poder do Congresso Nacional.
“Ontem Dilma se encarregou de anunciar ao Brasil que teria feito um acordo onde se editava uma medida provisória para substituir o veto que apreciaríamos relativo à correção da tabela do IR. Como é que a presidente da República edita uma medida provisória para surrupiar poder do parlamento nacional. Fica aqui a minha repulsa a essa atitude antidemocrática”, afirmou.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/03/apos-acordo-congresso-mantem-veto-reajuste-de-65-da-tabela-do-ir.html

Lava-Jato: Justiça recebe novos depósitos e R$ 182 milhões de Barusco já estão no Brasil



O valor é recorde. Até então, todo dinheiro repatriado de contas no exterior estava na casa de R$ 45 milhões
por Jailton de Carvalho
11/03/2015 12:36 / Atualizado 11/03/2015 15:23

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BRASÍLIA - A iniciativa da força-tarefa do Ministério Público Federal de tentar a repatriação do dinheiro desviado pelo engenheiro Pedro Barusco, um dos principais delatores das fraudes em contratos de empreiteiras com a Petrobras, surtiu efeito. Parte do dinheiro, R$ 182 milhões, já está depositado em conta da Justiça Federal do Paraná, segundo disse ao GLOBO uma autoridade que acompanha o caso de perto. Inicialmente, o valor divulgado foi R$ 139 milhões, mas novos valores foram depositados. É o maior volume de dinheiro de corrupção já repatriado. Até então, todo dinheiro que retornou aos cofres públicos de contas no exterior estava na casa de R$ 45 milhões. Barusco confessou o recebimento de aproximadamente US$ 100 milhões em suborno.
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Os recursos estavam escondidos em contas secretas na Suíça. A repatriação, antes do fim dos processos da chamada Operação Lava-Jato, só foi possível porque Barusco concordou em devolver aos cofres públicos todo o dinheiro de origem ilícita acumulado ao longo de anos de corrupção na Petrobras. Em novembro passado, os procuradores Deltan Dellagnol e Orlando Martello estiveram na Suíça para reforçar o pedido de repatriação.
As negociações foram intensificadas pelo secretário de Cooperação Judiciária da Procuradoria Geral da República, Vladimir Aras, a partir de Brasília. Para os procuradores, a recuperação imediata de somas expressiva é prova da eficácia da investigação sobre desvios da Petrobras, um trabalho que começou cercado de dúvidas. As somas repatriadas são um marco nas investigações criminais.
O Ministério Público Federal do Paraná confirmou no início da tarde a repatriação do dinheiro desviado por Barusco. Segundo o procurador Orlando Martello, trata-se de uma parcela dos recursos que estavam em contas do ex-gerente. Falta ainda uma determinada quantia a ser devolvida nas próximas semanas. A força-tarefa espera ainda repatriar mais US$ 27 milhões que estão em contas do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, o primeiro a delatar as fraudes na Petrobras.
- O jogo está apenas começando. Ainda tem muita coisa pela frente. Mas, de qualquer forma, a repatriação imediata desses valores animadora. Muita gente dizia que esse dinheiro jamais voltaria aos cofres públicos - disse Martello.
O procurador argumenta ainda que a repatriação do dinheiro, sem maiores entraves burocráticos, é uma prova de que a cooperação financeira internacional, especialmente com a Suíça está funcionando. O Ministério Público da Suíça concordou com a devolução do dinheiro ao Brasill com base numa autorização por escrito de Barusco.
Em nota o juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná informou que os reais repatriados estão em conta vinculada ao processo da Lava-Jato. Ele esclareceu ainda que Barusco se comprometeu a pagar R$ 3,2 milhões em multas.
A seguir a íntegra da nota:
"Tendo em vista dúvidas sobre o acordo de colaboração premiada celebrado entre o Ministério Público Federal e Pedro José Barusco Filho, a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba presta os seguintes esclarecimentos públicos.
No acordo celebrado e apresentado ao Juízo, o investigado Pedro Barusco comprometeu-se a depositar em Juízo R$ 3.250.000,00 a título de multa compensatória penal e a devolver aos cofres públicos cerca de USD 67.500.000,00, acrescidos dos interesses financeiros, que seriam produto de crimes de corrupção.
Foi o Juízo informado de que outra parcela do produto do crime de corrupção (USD 29.500.000,00) seria devolvido diretamente à Justiça Federal do Rio de Janeiro, perante a qual tramita outro processo em relação ao investigado Pedro Barusco.
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Relativamente aos valores acordados para devolução na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, toma-se a liberdade de informar, para dissipar dúvidas, que já se encontram depositados, em conta judicial vinculada ao processo, R$ 139.666.471,17, havendo ainda outros montantes em curso de repatriação
Concluída a repatriação, o produto dos crimes de corrupção será devolvido à vitima, no caso a empresa Petróleo Brasileiro S/A - Petrobras, com eventuais condicionamentos para o seu emprego. Quanto à multa penal compensatória, será destinada a outras finalidades públicas."
Ontem, Barusco afirmou na CPI da Petrobras que houve repasse de recursos por meio do esquema que operava na estatal para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. Barusco contou que foi pedida uma doação à empresa holandesa SBM Offshore. Os recursos foram repassados a ele, que fez posteriormente um “acerto de contas” com João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, para que o dinheiro chegasse ao partido.

terça-feira, 10 de março de 2015

Toffoli informa que tem interesse em integrar turma que julgará Lava Jato

Turma tem um ministro a menos porque Dilma não indicou nome para vaga.
Autorizada a transferência, Dias Toffoli conduzirá julgamento da Lava Jato.

Renan Ramalho e Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
O ministro José Dias Toffoli enviou ofício ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, pedindo para migrar da Primeira Turma para a Segunda Turma da Corte, que julgará as futuras ações penais decorrentes da Operação Lava Jato contra deputados e senadores.
Lewandowski agora decidirá se autoriza a transferência do magistrado de um colegiado para o outro. Se autorizar – o que deve acontecer porque a transferência é prevista no regimento do Supremo e por isso a autorização é uma formalidade –, Toffoli se tornará, a partir de maio, o presidente da turma e conduzirá o julgamento de políticos na ação penal da Operação Lava Jato.
Isso porque o mandato do atual presidente da Segunda Turma, Teori Zavascki, termina em maio. Pela tradição, ocupa o cargo o ministro com menos tempo de atuação no tribunal que ainda não tenha exercido a função – no caso, Toffoli.
A Segunda Turma atualmente tem quatro ministros, já que a presidente Dilma Rousseff ainda não indicou um nome para a vaga deixada pelo ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, que se aposentou no ano passado.
A ausência de um magistrado pode gerar empates nos julgamentos e, nessa hipótese, a decisão em processos penais deve sempre favorecer os réus.
Em sessão na tarde desta terça, os ministros Gilmar Mendes e Teori Zavascki, relator no Supremo dos inquéritos sobre corrupção na Petrobras, sugeriram que um dos ministros da Primeira Turma migrasse para a Segunda Turma.
Se Lewandowski autorizar a transferência de Toffoli, o ministro que será indicado por Dilma para a vaga de Barbosa não julgará os processos contra políticos relativos à Operação Lava Jato. 
A autorização é somente uma formalidade, já que, pelas regras do Supremo, qualquer ministro tem o direito de pedir a transferência. Se mais de um se interessar, a preferência é do mais antigo.
Na Primeira Turma, o ministro que há mais tempo integra a Corte é Marco Aurélio Mello. Ele afirmou, porém que vai se aposentar em meados do ano que vem e não tem interesse em mudar de turma.
“Eu, Marco Aurélio Mello, terminarei meus dias aqui em 2 de julho de 2016 na Primeira Turma. Eu não saio da Primeira Turma, estou muito satisfeito principalmente pelos colegas da bancada”, afirmou à TV Globo.
Desde o ano passado, o STF decidiu que investigações, denúncias e processos criminais contra parlamentares e ministros passariam a ser julgados numa das duas turmas – compostas, cada uma, por cinco ministros – e não mais no plenário, onde atuam todos os 11 integrantes da Corte.
A Segunda Turma é atualmente composta pelos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Teori Zavascki e Cármen Lúcia. A demora de mais de sete meses de Dilma em indicar um substituto para a vaga de Barbosa deixou a turma incompleta e tem gerado críticas de magistrados do STF.
Ao propor convidar um dos ministros da Primeira Turma para a Segunda, Gilmar Mendes chamou a atenção para as futuras decisões da Lava Jato. De acordo com o ministro, a Segunda Turma não poderia ter uma composição "ad hoc", isto é, com a designação de um novo ministro especialmente para julgar o caso.
"Isso seria um constrangimento para o colega que porventura venha a ser designado para esta colenda Corte. Uma composição 'ad hoc' do colegiado não honra as tradições republicanas desta Casa", afirmou.
 
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Governo aceita reajuste de 6,5% na tabela do IR para quem ganha menos

Ideia do governo era de 4,5%, que depois negociou com parlamentares.
Executivo tenta evitar nova derrota no Legislativo e aprovar orçamento.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília
Após participar de duas reuniões no Congresso Nacional nesta terça-feira (10), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, informou que o governo cedeu e concordou com um reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) deste ano para as faixas de renda menores, ou seja, para quem ganha menos.
A decisão foi informada pelo ministro após segunda reunião, encerrada na noite desta terça. Levy já havia ido ao Congresso pela manhã para debater o assunto, e informou que a equipe econômica tentaria promover um reajuste maior, de 6,5%, para quem salários menores. À noite, ele retornou ao Parlamento para retomar as negociações.
Segundo Levy, o governo irá encaminhar uma Medida Provisória sobre o reajuste, com vigência a partir de 2 de abril. A MP, porém, precisa ser ratificada posteriormente pelo Legislativo. A medida vale para o ano-calendário de 2015, ou seja, irá afetar o Imposto de Renda declarado pelos contribuintes em 2016.

O Senado havia aprovado no dia 17 de dezembro de 2014 a Medida Provisória 656, com a inclusão de uma emenda que previa reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda.  A aprovação ocorreu horas após o texto ser chancelado pela Câmara. A matéria seguiu para sanção da Presidência da República. No dia 20 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff vetou o trecho na MP que corrigia a tabela do IR de pessoas físicas. Na justificativa, a presidente escreveu que a medida traria renúncia fiscal, ou seja, menos pessoas pagariam o imposto, sem indicação de meios para compensação.
Depois da reunião desta terça, Levy declarou a jornalistas: "o importante é que houve uma construção com o Congresso, dentro da capacidade fiscal do país. No momento de ajuste fiscal. Mas acho que concluímos com um valor que é suportável. O impacto excede R$ 6 bilhões. A gente está fazendo a última conta. Aproximadamente 16 milhões [de contribuintes] vão ser beneficiados pela correção e 6,5%."
O importante é que houve uma construção com o Congresso, dentro da capacidade fiscal do país. Concluímos com um valor suportável"
Joaquim Levy, ministro da Fazenda
Essa correção de 6,5% valerá para as duas primeiras faixas de renda (limite de isenção e a segunda faixa). Na terceira faixa de renda, o reajuste proposto será de 5,5%. Na quarta e na quinta faixas de renda - para quem recebe salários maiores - a tabela do IR será reajustada, respectivamente, em 5% e 4,5%, pelo novo modelo.
A ideia inicial do governo era de propor um reajuste menor para a tabela do Imposto de Renda em 2015, de 4,5%, a exemplo do que foi feito nos últimos anos, mas isso não foi encampado pelo Legislativo. O Congresso Nacional aprovou, no ano passado, um reajuste de 6,5% para todas as faixas de renda - mas a presidente Dilma Rousseff vetou esse formato no início de 2015. A proposta de uma correção maior da tabela para as pessoas com renda menor foi feita por parlamentares.
"A reunião não contou com o apoio da oposição, que não aceita o aumento de impostos. As pessoas vão pagar mais impostos", declarou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). "O compromisso do PSDB é com o reajuste da tabela pela inflação. E a inflação hoje é maior do que os 6,5%. Já está chegando quase a 8%. O que houve foi apenas um arremedo de proposta que na prática representa aumento de carga tributária. O governo não tem a humildade de reconhecer os seus erros e apontar os caminhos que levarão o Brasil ao desenvolvimento", completou.
 
Governo busca evitar nova derrota no Congresso
Com o novo formato de reajuste da tabela do IR, proposta feita por parlamentares, mas não aceita pelos partidos de oposição, o governo tenta evitar mais uma derrota no Congresso, que pode votar esta semana para derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de reajuste de 6,5% aprovada pelo Senado em dezembro do ano passado.
A decisão também pode abrir caminho para a votação do orçamento federal deste ano. Isso porque os parlamentares se reunirão nesta quarta-feira (11) para analisar a peça orçamentária. Entretanto, antes disso, a pauta tem que ser "destravada" com a avaliação de nove vetos presidenciais - entre eles o que trata do reajuste da tabela do Imposto de Renda, o item considerado mais polêmico.
Considero um avanço na relação institucional o governo editar uma MP produto da negociação com o Congresso, resolvendo definitivamente essa questão do Imposto de Renda."
Renan Calheiros, presidente do Senado
"Amanhã [quarta-feira] vamos apreciar os vetos. O propósito nosso, destrancando a pauta, é votar em seguida o orçamento", disse o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). "E eu considero um avanço na relação institucional o governo editar uma MP produto da negociação com o Congresso, resolvendo definitivamente essa questão do Imposto de Renda. O papel da oposição nós compreendemos. Foi muito importante a presença da oposição na reunião. Oposição pediu para que o ajuste fosse tratado de uma forma geral, e não fatiado, discutindo temas como o Imposto de Renda."
 
Renúncia fiscal
Um reajuste maior na tabela do IRPF implica em uma renúncia fiscal maior para o governo, ou seja, menos recursos nos cofres públicos. O Executivo busca neste ano atingir uma meta de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) de 1,2% do PIB, ou R$ 66,3 bilhões, para todo o setor público.
A correção da tabela do IR em 4,5% neste ano, proposta original do governo, resultaria em uma renúncia fiscal de R$ 5 bilhões, segundo informações da Fazenda. O reajuste para toda a tabela de 6,5% implicaria em perdas de R$ 7 bilhões em 2015. Segundo Levy, o novo formato de reajuste da tabela do IR implica em uma renúncia fiscal pouco acima de R$ 6 bilhões.
Nos últimos meses, para reequilibrar as contas públicas, que tiveram o pior resultado da história em 2014, com déficit primário inédito, o governo subiu tributos sobre combustíveis, automóveis, cosméticos, empréstimos e sobre a folha de pagamentos.
Além disso, informou que não fará mais repasses à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – o que impactará a conta de luz, que, segundo analistas, pode ter aumento acima de 40% neste ano –, limitou benefícios sociais, como seguro-desemprego e abono salarial, e reduziu gastos de custeio e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo o ministro Joaquim Levy, o governo vai "encontrar recursos ao longo do ano, sem deixar de cumprir a meta fiscal". "Certamente vamos encontrar meios na nossa programação financeira. Sem deixar de cumprir nossa meta, vamos fazer o esforço necessário para permitir esse movimento", declarou ele.
 
Nova tabela do Imposto de Renda
Com o novo formato da tabela do Imposto de Renda, aceito pelo governo federal, ficarão isentos os contribuintes que ganham até R$ 1.903,98 - o equivalente a 11,49 milhões de pessoas. Se a tabela fosse corrigida em 4,5% (proposta inicial do governo), os contribuintes que ganhassem até R$ 1.868,22 neste ano seriam isentos.